promovido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em parceria com o Banco de Desenvolvimento de Américas Latina (CAF); Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP); e da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso Brasil).
Na abertura do evento, que contou com a participação de representantes dos parceiros, o presidente da Enap, Francisco Gaetani, destacou o uso de ciências comportamentais no desenvolvimento de iniciativas de políticas públicas mais eficazes. Segundo ele, "esse tema é uma agenda nova, contemporânea, interessante e inovadora para o país".
Em seguida, o economista e gerente do departamento de pobreza e igualdade para a América Latina do Banco Mundial, Oscar Calvo-González, realizou uma apresentação inaugural sobre o tema "Ciências comportamentais na América Latina: perspectivas e desafios".
"As pessoas agem e pensam frequentemente influenciada pelos comportamentos e padrões de pensamento das pessoas à sua volta: em outras palavras, elas pensam socialmente. Os Indivíduos em uma determinada sociedade compartilham uma perspectiva comum sobre como para entender o mundo ao seu redor e como se entender. Isso, por sua vez, ajuda-os a tomar decisões na vida diária", avalia Calvo-González.
Segundo o economista, esse processo de padrão de pensamento é conhecido como "pensar com modelos mentais". "Esses modelos nos fornecem suposições padrões sobre as pessoas e as instituições com as quais interagimos e aumentam nossa compreensão de como funcionam os comportamentos coletivos", afirmou.
O evento segue nesta quarta-feira (06) com uma vasta programação. A atividade tem o objetivo de promover o diálogo entre especialistas do governo, academia e terceiro setor que utilizam ciências comportamentais para aprimorar políticas públicas e debater como essa agenda pode ser difundida no país.
As ciências comportamentais oferecem uma compreensão baseada na observação sistemática de como as pessoas tomam as suas decisões. Esse assunto tem ganhado destaque, principalmente após o prêmio Nobel concedido a Richard Thaler, um dos pioneiros na economia comportamental em 2017.
Diversos países e organismos internacionais, tais como Reino Unido, Alemanha, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico ou Econômico (OCDE), Banco Mundial e União Europeia, começaram a implementar descobertas desse campo, e apresentaram resultados como a melhoria de serviços e redução de gastos nas políticas públicas.
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